quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Como uma menina de sete anos hackeou um laptop em 10 minutos

São Paulo - Aconteceu na Inglaterra. Num experimento realizado com o consentimento de todos os envolvidos, uma menina de sete anos invadiu o laptop de um voluntário por meio da rede Wi-Fi em 10 minutos e 54 segundos.
Para realizar a façanha, a pequena Betsy Davies contou com a ajuda de tutoriais localizados por meio do Google. Idealizado pela empresa de segurança virtual Hide My Ass, a ideia do experimento era mostrar como se tornou fácil acessar dados arquivados em notebooks conectados a redes sem fio abertas.
"Sim, é brincadeira de criança. É um tipo de ataque plenamente possível, mas fácil do que parece e com frequência extremamente grande", afirmou em entrevista a EXAME.com Fernando Neves, presidente da AirTight Brasil.
A empresa é especializada no gerenciamento de redes Wi-Fi.
Invasões
Segundo Neves, aeroportos, grandes hotéis e centros de convenção são os locais em que a maioria das invasões a computadores acontecem. 
"A pressa é o que cria a oportunidade", explica Neves.
Um exemplo disso foi um teste realizado pela AirTight no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. 
Nele, foram identificados 470 usuários conectados a 77 redes disponíveis. Delas, 41 eram vulneráveis. Ou seja, permitiam a invasão de computadores. 
De acordo com Neves, um ataque medianamente bem executado passa despercebido pelo usuário comum.
Betsy Davies: com a ajuda de tutoriais de internet, ela hackeou um notebook em 10 minutos e 54 segundos © Divulgação/Hide My Ass Betsy Davies: com a ajuda de tutoriais de internet, ela hackeou um notebook em 10 minutos e 54 segundos
Consequências
Em geral, os hackers que invadem os computadores buscam dados de cartão de crédito e outras informações que facilitem futuras movimentações bancárias.
"Às vezes, o ataque não é imediato. O hacker pode roubar seus dados hoje e só usá-los em março, abril", afirma Neves.
Segundo ele, a melhor forma de evitar problemas é se manter informado.
Dicas
Quem gosta de andar com o Wi-Fi do smartphone ou do tablet ligado deve ficar esperto.
"Existem programas que permitem invasões de gadgets que estejam buscando rede", explica Neves.
Já no caso de notebooks, acessar apenas redes conhecidas e evitar redes abertas são medidas de segurança recomendáveis.
Além disso, Neves recomenda o uso de softwares de VPN. Eles criptografam a conexão e tornam o acesso à internet mais seguro.
"Só com algumas dessas medidas, a segurança já aumenta bem", garante Neves.

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